O que sabemos sobre o Jardim Nice, Jardim Catarina, Jardim Santo Eduardo ou sobre o jardim Iva? Quem cultivou suas primeiras flores? Ainda existem flores nestes jardins? Ou o tempo desgastou sua beleza de forma que já não reconhecemos ou que um dia foi flor? O que há escrito sobre seus moradores? Ou sobre a origem de pessoas? Quem se lembra do Jornal Roquette em Manchete? Da Festa do Patrono, da visita do prefeito Mario Covas em 1984, da passeata pela paz. entre tantos outros eventos. Ou ainda, quem já leu a frase atribuída a Pompeu o Grande, “navegador é preciso, viver não é preciso”, usada eloqüentemente por Fernando Pessoa?
Vivemos a história quando nos percebemos agentes da própria, ou seja, quando nos permitimos recontar ou reescrever (partindo da própria percepção dos fatos), a história de pessoas com as quais vivemos e compartilhamos um meio físico, político, econômico e social: como ocorreu o processo de alteração geográfica desse ambiente? Como essa alteração influenciou o modo de vida atual? Como foram organizados os processos e conquistas sociais de importância coletiva; entre outros.
Sofremos de uma ansiedade aguda. Problemas estruturais de um bairro novo parecem insolúveis diante a urgente necessidade do agora, como uma rua sem asfalto, um córrego que limita a circulação de pessoas ente sua casa e o ponto de ônibus, ou a falta de una creche. Muitas vezes, uma pessoa desiste de buscar melhorias, imaginando que “ninguém” se importa com sua dificuldade ou por não saber planejar as ações de médio ou longo prazo envolvendo a coletividade. No entanto, isso não passa de uma percepção equivocada e individual de um problema que pode ser de todos.
Quem já se envolveu numa ação coletiva, como construir uma ponte de pedestre sobre um córrego, por exemplo, sabe das reais dificuldades, que muitas vezes, aumentam com o desânimo da maioria dos moradores. Por outro lado, passados cinco ou dez anos, poucos se lembram do histórico sofrimento de luta e do momento da conquista ou dos que sujaram os pés na lama para fixar as estacas da primeira ponte de madeira.
É um desalento, ver jovens destruir algo que existe em beneficio do coletivo, e quando tentamos argumentar sobre a importância da conservação, ouvirmos uma, “ Vai cuidar da sua vida”. Caso estes jovens conhecessem parte da história que culminou no que temos hoje, nos prédios e espaços públicos, ruas, postes, casas, ponto de ônibus, ou até uma árvore na calçada que eles usam diariamente, talvez tivessem maior consciência dos próprios recursos urbanos.
Nesse intuito, convidamos os alunos matriculados no Ensino Fundamental II turmas de 2009, para participar do resgate dessa longa e interessante história, presente em cada morador da Vila Rica, ou especificamente do entorno expandido, da EMEF “Roquette Pinto” Este é o resultado. Boa Leitura.
Professor José Jailson Ferreira
Professor Ciências
Fundamental II
domingo, 3 de maio de 2009
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