domingo, 3 de maio de 2009

CULTURA DA PAZ





Desconhecer a razão da violência pode ser justamente uma das razões da violência. Quando adotamos soluções incompletas, simples e falsas contra um problema completo, complexo e verdadeiro, nem se quer conseguiremos mascarar o fato, talvez, no máximo, estaremos adiando o desfecho derradeiro.
Escrever ou comentar sobre a violência, não é fator de contribuição do seu aumento, assim como também, não é solução para resolver o problema, mas, estabelece um canal de reflexão, esse é um dos passos necessário, pois a verdade não se encerra na mente de algumas pessoas ditas “iluminadas”. Um problema que afeta a todos, carece uma reflexão coletiva. Por outro lado, o como escrever ou o como comentar, pode realmente provocar a retenção ou a explosão de algo que já esta “fermentando nessa nossa frágil sociedade”
Se existe o desejo real para o fim da violência, não podemos cometer a violência do julgamento precipitado. Todo canal se faz necessário no intuito de que se possa fragmentar, minar e depois mitigar as causas, imaginando que os efeitos serão reduzidos naturalmente.
Diante da urgência do problema, também temos que formular soluções (inclusive com todo o rigor necessário) para conter os efeitos. Só não podemos inverter a ordem, gastar mais energia na conseqüência do que na causa. Isso é perpetuar a situação já estabelecida.
Quando jovens estudantes correm nos “corredores” (incrível o nome do espaço estreito pelo qual se acessa as salas de aulas é esse mesmo – corredores) ou pátio de uma escola, se esbarram conscientemente, se esmurram, se esfolam e se machucam nas estruturas ásperas do prédio escolar, não vai adiantar muita coisa, eliminar vidraças, escadas, muros, portões, grades, mesas, cadeiras, degraus e “corredores”.
Evidentemente, que possíveis estruturas físicas podem ser modificadas, quando se confirma que muitos jovens já se machucaram no local, mesmo quando a causa maior foi um empurrão de um colega. O concerto estrutural, não elimina a necessidade de punir o autor da violência - empurrão (desde que de fato culpado), mas a solução ficará incompleta, se não existir mecanismos de contenção dos empurrões.
Nesse sentido, os profissionais em educação da EMEF Roquete Pinto, período da manhã (ensino fundamental I), estão um passo adiante da música, de leitura, do vídeo, do conto de fadas, etc. a reorganização dos móveis do pátio e principalmente, o constante (mesmo que estafante) trabalho de conscientização das crianças nas salas de aulas, é sem dúvida parte da solução, pois coíbe a causa.
Mudanças de comportamento individual ocorre de forma gradual e em passos lentos. Antes que alguns desses bons profissionais citados acima desistam desse projeto, pois a estafa está colaborando nas condições de precariedade da saúde, lembrem-se, a semente plantada hoje, será uma frondosa árvore no futuro, e talvez, quem a plantou, jamais possa aproveitar sua refrescante sombra.

Professor José Jailson

2 comentários:

  1. estamos vivendo em uma época difícil com violência em todos os cantos ate mesmo na escola!
    não é uma solução mas ajuda e muito o esporte que com ele além de aprendermos nós alunos nos divertimos e saímos da rua.Não apenas o esporte mas também jogos e atividades educativas que os alunos com certeza se interessariam como porexemplo uma das manchetes desse blog "o disperdício de água" .
    Soluções para o problema da violência tem muitos mais a prática dessas "soluções" não anda acontecendo como deveria.
    Esse é o recado que quero que saibam...!

    ResponderExcluir
  2. ERRATA:
    no penúltimo parágrafo falta palavras:
    deveria ser:
    "estão um passo adiante com a criação do cantinho da música...

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.